QUARTO N° 3

Ainda a pouco, devaneava,

Com pensares somente meu,

Portanto fitei, sonhei,

Chegando ao obste da alma!

Depurando dos pecados vis

Achegando a altivez do vivido

Entre o sonhar e a realidade

Dentro de um espaço nosso!

Infiltrado dentro de um quarto

Do número três, por coincidência

Um recôncavo, bem iluminado

Com música e tudo mais.

Concretizava assim um desejo

De um dia, estar, naquele lugar.

Minha alma voava, o corpo então...

E agora, o que se fazer?

O complemento de dois corpos

Entre os beijos únicos imutáveis

Só se sabe que naquela noite

Houve entrega, sem nenhum pudor.

Amamo-nos!

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 04/05/2023
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