QUARTO N° 3
Ainda a pouco, devaneava,
Com pensares somente meu,
Portanto fitei, sonhei,
Chegando ao obste da alma!
Depurando dos pecados vis
Achegando a altivez do vivido
Entre o sonhar e a realidade
Dentro de um espaço nosso!
Infiltrado dentro de um quarto
Do número três, por coincidência
Um recôncavo, bem iluminado
Com música e tudo mais.
Concretizava assim um desejo
De um dia, estar, naquele lugar.
Minha alma voava, o corpo então...
E agora, o que se fazer?
O complemento de dois corpos
Entre os beijos únicos imutáveis
Só se sabe que naquela noite
Houve entrega, sem nenhum pudor.
Amamo-nos!