Um corpo presente

Um corpo estirado

Na margem de meus pensamentos

Sendo sugado pela sede

De minha revanche.

Exposta na mesa

Que abriga os olhos da fome.

Os passos que vem

E que vai,

Sendo sugados pela ignorância

Daqueles que na absorveram

As chamas da paz.

É um corpo

Que pesa em minhas ideias

E que por ser órfã

De sua própria representação

Acabou por despertar nos braços da miséria.

É o corpo que não se cala

Que vive na revolta

E não entrega ao gosto amargo

De sua fala.

E ao se tornar a voz

De sua luta,

Caminha pelas estradas

De um tempo de superação.

Não um corpo perdido

Nem uma lágrima que se vai.

Mas uma oportunidade

De retornar

As suas origens.

O corpo que se levanta

E se rebela.

E que está presente

Nas forças de sua identidade.

Hugo Paz
Enviado por Hugo Paz em 04/05/2023
Código do texto: T7779774
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