HORAS EXCESSIVAS

HORAS EXCESSIVAS

As horas do não,

São um nunca religioso.

Demonstrações sábias,

Ausentam palavras dos dizeres substitutivos.

Definições opcionais,

Individualizam a teologia.

As inclusões nascem,

Das coisas carnais.

A antecipação do pensamento,

Repousa em viscerais agonias.

Física, a igualdade inocente das ideias perniciosas,

Culpa as comparações dos aconchegos.

A completude do vazio,

Data exposições.

O vestir diminui,

A limpeza dos lugares.

A mente das verdades interessantes,

Concede realidades às fantasias das admirações.

O cansaço atrai nomes,

Aos bocejos invisíveis das lembranças.

O fim transporta,

O acabamento das passagens.

A partida possível de algo,

Mede caminhos.

A construção do silêncio,

Traz rumo à periferia.

O início do enfrentamento,

Visita antiguidades.

O depois nobre,

Localiza o mostrar.

O estado terminal do agora,

Alonga sintonias direcionadas.

O deslize seca,

As maneiras do ter.

O encolhimento das cargas,

Oferta ao apenas,

Vozes exatas.

A indiferença dos adiantamentos jovens,

Afirma o possuir.

O inteiro escuro,

Interioriza avessos.

Os esconderijos do talvez,

Proporcionam as línguas superiores do tudo.

O relativo gerar,

Intensifica levezas.

A comunicação com as linguagens,

Generaliza os dialetos das possibilidades.

Estrangeira, a fala do desejo claro,

Concretiza as tipicidades alheias ao inferior.

A santidade da ânsia,

Seduz avistamentos.

O convívio com a circulação,

Chama de coletivas as circunstâncias.

A popularidade ouvinte dos mitos,

Recorda as crenças da loucura.

A distribuição de imagens juntas,

Morde naufrágios.

Migrações perfeitas,

Vivem para morrer.

O sobretudo temporal,

Torna-se um período do deixar.

O enleio misterioso das tríades,

Trata da vastidão,

Com o guardar cego dos mapas.

O abrir apoia,

O depósito do sangue.

Cinzas bebem,

O seguir dos gestos.

A súbita inquietação,

Reserva negações ao hospedar.

Os conhecimentos do nada podem,

Conservar o amanhã.

O ver martirizado,

Mata as armas das resoluções.

O uso da volta,

Já expulsa eventos.

O aroma da tentação,

Confunde revelações.

A razão dos hálitos,

Inclina-se aos murmúrios.

Precisões articuladas,

Sentem sopros.

O beijo imaginário,

Maldiz o aparecer.

O melhor do quase,

Fecha olhares.

O obter dos efeitos,

Dimensiona o fazer adverso do desfazer.

O mover receptivo,

Encurta noites.

A diferença arejada,

Surge como um remédio.

A incapacidade da luz e da paz,

Conduz a demasia das entradas.

O horror troca as opiniões,

Por assuntos assistenciais da sociedade.

A ordem nua,

Separa excessos.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 03/05/2023
Código do texto: T7778716
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