POSSES DANÇANTES
POSSES DANÇANTES
As posses das crenças profanas,
Concedem alegria à dor.
Os gêneros do trazer,
Individualizam o frutificar.
O intervalo do olhar,
Apoia andamentos.
O esconder crucifica,
A pessoalidade do ter inconsciente e tátil.
As novidades das margens,
Cantam os assombros.
Rugas destinam letras,
Ao apego dos poemas.
Os feitos repousam nas cinzas,
Engolidas pelos vícios.
O jogo apagado esgota,
O egoísmo do não.
O saber milagroso das adversidades,
Proporciona mistérios às vindas longínquas.
Os sorrisos calam,
Comunicações racionais.
O desconhecimento peca,
Ante a repetição das palavras.
Comparações pedem,
Propriedades ao vigor.
O viver diário,
Nega a noite.
A simplicidade da luz,
Beija o sobressalto.
A fome dança,
Na sede inerte.
Sheila Gois.