CAMINHOS NOMEADOS
CAMINHOS NOMEADOS
Os nomes das tintas,
Esquecem o possuir.
A doçura floresce,
Na dor do frio.
A noite andante,
Individualiza o tudo.
O habitar do já,
Esvazia o jazer temporal.
O cansaço da mesmice teatral,
Perde a vida.
O pó cai,
Ante o mundo do poder.
O ter é fundo,
Quando o passado se enterra.
A intensidade da beleza,
Nasce na rigidez das buscas.
Elevações localizam validades,
No agora do peso.
A ausência da graça,
Amadurece a naturalidade.
A esperança do ainda,
Traz densidade ao fim.
O olhar do sabor,
Diz adeus.
Os percursos dos encontros,
Vestem os jogos da sustentação.
Quedas se atiram,
No morrer do atropelo caminhante.
Sheila Gois.