IDEOLOGIA (Novo Conceito)

Cantam a liberdade como se ela fosse

Um manto inviolável que cobre a intenção

De um canhão que vomita inverdades e ódio

Anunciando a morte da reputação

Invoca laços com um passado sombrio

Quem as terríveis agruras não conheceu

Ou sequer se apossou, no conforto dos livros

Dos delitos sangrentos que a história nos deu

Vende-se o mito de uma assombração medonha

Que, sorrateira, espalha invisível veneno

Semeado nas salas, nos palcos, nos livros

Como vil pensamento, que escorre sereno

Eis a face do desconhecimento insano

Esplêndido berço do ideário atual

Juram por pneus que nosso mundo é plano

Vangloriam-se do bem, praticando o mal