O amor e o depois...
Afinal quem somos nesta terra
Dois nomes que se escreve á sorte
De nos termos se encontrado um dia
Um dia é somente um dia, mas perfeito
Como fossemos um só elo, duelos
Duelamos um pelo outro, um para outro
E assim nossa pele se arrepia, se anuncia
Como dois olhos que se conhecem
Em pleno outono.
Afinal quem somos nesta primavera
Uma flor que se espera em pleno sol
Um animal faminto de eras e solidões
Onde nós somos cada vez mais nós
Um passarinho no fim da linha férrea
Uma porção de nuvens chuvosas
Uma rosa que não se despetala
Esse carnaval de alegrias carnais
Esses vendavais fora de hora
Sobre a cama dos casais.
Milton Antonios
03.03.2023