O idêntico Eu
Ainda ouço as mesmas músicas, leio os mesmos poemas e mastigo os mesmos doces.
O vinho igual, a favorita massagem, ainda penso na mesma boca, pele, mãos, cabelos... sexo!
E ainda costumo pensar no que me disseram há anos, mudamos e nos reencontramos a cada ano, a cada inverno.
Mentira!
O idêntico eu habita nas mesmas proporções de que ainda gosto e encontro, tantos nos vinhos como nas pessoas.
É mais uma vez, dentre outras a nossa própria história se amassando, desdobrando... ficando como o papel. Nunca sendo mais o mesmo.