A de quem perceber

O escuro céu azul

de nuvens incompletas

estrelas cobertas

por luzes sem capela

Escondem em seus véus

uma imaginação pueril

de outra vida outrora

que não pertence a ninguém.

A não ser, o ser que coitado

contempla o céu sem graça,

sem estrela, sem praça

No chão de poças vis

O que poderia ser, se não

o terror do não amanhecer ?

É pior que a manhã, sem sorte

Do consorte do sofrer?

Aí de quem, perceber.

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 26/04/2023
Código do texto: T7773020
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