Eu dei amor, eu sei
E mais do que poderia,
Foram anos de mera ilusão
Amei a quem não deveria.


E mergulhei na paixão,
De olhos vendados, no escuro.
Mas tampouco sabia, 
Que a perfídia existia...
Eu era jovem, tão puro.

Só que a vida, essa bandida, 
Guardava em seu coldre a insídia,
Arma letal, fulminante.
Fui seu alvo preferido
Aqui,  no peito atingido.
Um só disparo e os sonhos, 
Morreram no mesmo instante.

Não pode o amor, esquecer
Que a insídia é fatal!
A confiança, se cega
Mata o amor, que devia,
Ser para sempre! - Imortal!

E o que resta da vida
É o que teremos dos dias, 
Que intermináveis se seguem.
Dias onde a solidão, bate no coração, 
Mesmo que os olhos a neguem.

Ensino: cuidado com o amor!
Mesmo lindo é traiçoeiro!
Penetra em seu coração
e te possui por inteiro.

Não há defesa no mundo
Que possa impedir esse ataque, 
Pois é nosso coração,
O objetivo do saque!

O amor nasce lá dentro, 
Cresce e declara domínio, 
Toma este território
E nele constrói o seu ninho.

Passamos a ser prisioneiros,
Reféns desse sentimento...
Amor, doce amargura!
Amar, sublime tormento!