Bilboquê
“Bilboquê”
Amarrado por um fio
Sigo jogado para cima
E dou uma volta no ar
Para de novo cair
Cada vez que caio
erro ou acerto
mas com as quedas
aprendo o ponto exato
Aí cloc, encaixo
E rodopio com a corda curta
E apoiado em minhas mãos
De novo lanço-me para o alto
Vai saber se é de madeira
Ou de outra matéria
A vida que levo?
Não, eu sei
Minha vida não é o bloco
Nem o pino que miro
É o ar onde giro
Que sempre desloco.
JB Alencastro