Dias Cinzentos
Dias Cinzentos
Nos dias sombrios que percorro,
Onde o caminho me foge dos pés,
Onde as mãos não seguram grande futuro,
A minha vontade medida de lés a lés,
Não dá para medir um palmo,
E não me animam nem as rezas nem nenhum salmo!
O vazio instalou-se no meu dia,
E eu rarefeito na pouca luz que me alumia,
Olho com descrédito a direcção dos meus passos,
Sem meta à vista, nem vestígios dos teus abraços,
Sem o calor do teu beijo,
Meu mundo ficou em nada ou em pouco que se veja!
Nenúfar 15/11/2007