Ocasos
A alma não se reconhece entre os nomes
que figuram em dedicatórias e títulos
que repetem histórias copyrighadas de vidas
que já existiam antes de a semente da Flor brotar.
Nem na cor morena, da jovem sentada à janela da vida
cujos lábios o sol beija com deleite
e se desmancha em apelos e ânsias de seios amenos,
rios doces, mágicos e sem mazelas exteriores.
O trem só passa pra ela!
E para os violinos que tocam amor sem parar,
não há trem, nada de abraços, beijo - nem pensar,
nem mar ou doce lar...
Existem linhas em branco, silêncios, fugas,
portas fechadas, portões trancados,
cadeados trocados e ocasos
que o sol vive todos os dias a entregar...