Ai de mim se não fosse eu

E vendo então tua pele

Lampejo veio cortante

Nos cantos escuros da mente

E nas grotas mais distantes

Você é meu massapê

Vale o esforço do canto

A energia vital

Cada gotinha de pranto

A rosa das bem delicadas

Um beija flor sibilante

A mente pregando uma peça

Me fez surgir a figura

Beijar o tecido da tez

Iria te trazer cura

Depois eu achei foi graça

Apareceu que nem raio

Essa meninice errante

Então se sufoca o gesto

E racionaliza o instante

Sem bardo nem alaúde

Ou fogo de prometeu

Cavalos nem terra seca

Palavras e amiúdes

Não teve nem o teseu

Aí de mim

Aí de mim se não fosse eu