NAS PLANÍCIES DO MEU CORPO
Nas planícies do meu corpo
dormem silêncios que falam
desilusões que se escondem
dos gritos que não se calam.
Nas planícies do meu corpo
dormem os sonhos esquecidos
que emersos na ilusão
choram os amores perdidos.
Nas planícies do meu corpo
há sementeiras de dor
canteiros de esperança
e florestas de amor.
Nas planícies do meu corpo
há canteiros floridos
caminhos por descobrir
e segredos escondidos.
Nas planícies do meu corpo
na essência da minha pele
há trilhos desconhecidos
uns amargos...outros de mel.
Mário Margaride (Gilberto Fernandes)