Doce veneno
Te olhando assim/
Pareces estar/
A margem do jardim/
Mas envolta num olhar malicioso/
Sob um cabelo vistoso/
Com a boca/
Envenenada de desejos/
Com uma passada/
De caminhar tendenciosa/
Num ar de mulher perigosa/
A sair sorrateiramente pra ocupar espaços/
De poucos segundos/
Como a que deixar em seus rastros/
Uma versão displicente de sedução/
Você, que nem conheço/
Num olhar/
Me faz perder a razão/
Enebria-me na tua provocação/
Onde dia a dia vou nutrindo essa paixão/
Procurando nesse deserto solitário/
A gota de orvalho /
Que aguça essa sede despertando paixão/
Num tom ascendente/
Como um vício inocente /
A entranhar no sub consciente/
Cujo coração/
É iniciante/
A bem te querer/
Depois de ficar a mercer/
Numa dependência inebriante/
Você como senhora do destino/
Num momento qualquer/
A esnobar como se não entendesse/
Simplesmente se ausenta/
E o sedento apaixonado/
Fica entre enlouquecer/
E morrer/