MINHA VEZ

Sinto o mundo que se move
como uma roda girando,
sempre, sempre
independente
dos meus desejos e dos teus.
Na manhã clara eu percebo
os ruídos que perpassam
pela janela entreaberta,
enquanto
a cidade desperta.

Um, dois, três...
Um, dois, três...

Conto nos dedos e espero,
porém nunca desespero:
há de vir a minha vez.