Egoismo
Num tom verde de esperança
Umas ervinhas viçosas
Espalharam-se em abundancia
No canteiro dumas rosas
As rosas não aceitaram
Essa tão grande invasão
E as ervas torturaram
Sem ter dó nem compaixão
As ervas não entenderam
Porque as tratavam assim
Nem sequer se aperceberam
Que não era seu o jardim
Nasceram em liberdade
Unidas por suas mãos
Acreditaram na verdade
De todos sermos irmãos
Mas não é a realidade
Nada se processa assim
Nunca temos liberdade
De principio até ao fim
Há-de sempre haver a guerra
Enquanto houver egoísmo
Por um pedaço de terra
E também por fanatismo
As ervas entresteceram
Ao ver tanto egoísmo
Mas assim já entenderam
Porque existe o terrorismo.