Meia-Vida
Levanta-se da cama, vem nicotina
Acompanhada sempre da cafeína
O primeiro comprimido de diazepam
Um chocolate encerra a manhã
Dois lítios pra acalmar o humor
Um prozac, pra aceitar a dor
Está atrasado, sai na correria
Compra uma coxinha na padaria
Não para, sente a adrenalina
O stress drenando a dopamina
Desliga a mente durante o dia
Só assim pra aguentar essa agonia
Sai do trabalho, cerveja no bar
Talvez uma cachaça, pra variar.
“Maconha?” exclama abismado
“Não me misturo com drogado”
Em casa, outro diazepam
Aproveita, agora só amanhã
Diz suas palavras e seu amém
Este é o dia do cidadão de bem.