No verso do doar
Como o verso que se perdurar,
Somos a paz que se o ocasionar,
O sentido que a viver presente,
Mesmo serpente amor quente.
No verso que eu te vi perdoar,
Memorizar a vida que ultrajar,
Mesmo o sentimento que coar,
Mais a correnteza do teu criar.
Olho o celeste como teu arcabouço,
Soluço o verso que o teu começo,
Mais a correr como tem recomeço,
A culminar o verso que para ao Alentejo.
Para o ocaso que o teu versátil,
Mesmo a mente que se conforme,
Mais a correr como quem forme,
Mesmo que o sentimento que dorme.
O corre-corre como o que durma,
Mais a correr como quem socorre,
Maquilado de dores e de silencio,
Mais a jota brota o teu caminho.