Transeunte
sobre as taipas do catre
minha alma aninha
como um filhote atirado do ninho
a dureza da madeira
contrasta com a fragilidade do meu ser
que treme de frio e medo
meus pedaços carcomidos
exigem luz e força,
para que eu sobreviva e floresça
a angústia é bruta,
mas a vontade de seguir
é maior do que a de ficar