De Poder Rir Sem Causa

Sugar da vida a leveza do todo,

de tudo, de nada, por porvir, do

Viver, de Existir

Da pele dos Agoras,

das esquinas dos Instantes,

Beber uns goles dos perfumes das Flores às margens das estradas vazias do calor de um sorriso humano

Tomar um banho da beleza da chuva que encharcando o ar com sua euforia versando sua beleza, possa me contaminar

Fruir a tez das cores e os poros das texturas das tardes

grávidas e entorpecidas, férteis e livres

Sentir um porre de ventanias matizadas com a alegria de poder sorrir sem causa

E com meu cio (in)saciado com os gozos de poder me arrepiar a pele inteira do meu corpo - alma ao sugar os cheiros dos ventos, os cheiros das manhãs, os cheiros das nuvens, os cheiros de todas as folhas dançando seu abandono cheio de poesia no chão, nas ruas, nas águas, aos ventos

Sentindo as cores do brilho da lua, da tez das estrelas, do hálito dos passarinhos

Fruir a delicadeza marginal , rebelde e transgressora do rebento do parto das flores que rompem com teimosa as hostilidades e indiferença de sub-humanos anestesiados pelo exercício do descaso as coisas inúteis

Sentindo o pulsar e romper dos orvalhos como reflexos da beleza do rosto de Deus

De poder sorrir, gritar, chorar do prazer de sorver feixes da beleza que cada instante de si emana como pulverização de reflexos do poder de homens e mulheres vivenciarem a vida Poeticamente!

De Poder Sorrir Sem Causa

Sentir a alma sendo polida com a carícia dos cheiros e do delírio de poder traçar o meu caminhar sobre os lastros de devaneios corajosos e tornar um vagabundo sujismundo da poeira que versa Bonitezas

Degustar os cheiros dos ventos

a colorir meus cabelos nus sedentos por viver

De caminhar com meu sorriso

largo a enfeitiçar os meus dias

Pulverizar com meu riso as paredes da indiferença

Os muros da hostilidade

Temperar com meu riso

as manhãs que me colorem

Deixar os instantes coloridos com a fertilidade de viver a Glória de poder florescer

Sentir a insaciável fome de sorrir sem causa

Sentir a insaciável sede de gozar os saberes do tempo sem pressa !

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 13/04/2023
Reeditado em 13/04/2023
Código do texto: T7762416
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