Perenidades Estéreis

Deixa - me no caminho

onde os ridículos compõem seus destinos

Deixa - me sempre ser o ridículo que sou

Sempre Ridículo

Ridículo Sempre

Deixa - me

Andar na contramão dos bons ventos

Andar na contramão das miopias bastardas

Deixa - me Andar

Fora do Eixo

Fora do Prumo

Fora das festas dos Nortes

Sem Rumo

Sem Remo

Sem as Ventanias ordinárias,

pragmáticas e triviais

Me deixa sem metas, sem retas

Sem objetivos

Sem pretensões

Sem Rédeas, sem Cabrestos,

Sem Currais

Deixa - me

Quero o Gozo dos Gozos

Serenos, Perenes, Salutares

Sem o veneno e sem o feitiço

da pragmaticidade ligeira

Deixa - me disforme

Sem as conformidades da bem aventurança desvitalizada, corroída e carcomida pelas Ferrugens dos sem proveitos

Apropriados das indelicadezas

Deixa - me a toa

Viver assim - eu preciso

De que Sub - Viver das Perenidade Estéreis

Deixa - me sem essas razões

Prefiro o volúpia dos meus erros e das minhas incertezas,

dos meus delírios e dos meus vôos embriagados com a fertilidade dos meus Sonhos Medonhos de tão bonitos

Deixa - me !!!

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 12/04/2023
Reeditado em 12/04/2023
Código do texto: T7761996
Classificação de conteúdo: seguro
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