Perenidades Estéreis
Deixa - me no caminho
onde os ridículos compõem seus destinos
Deixa - me sempre ser o ridículo que sou
Sempre Ridículo
Ridículo Sempre
Deixa - me
Andar na contramão dos bons ventos
Andar na contramão das miopias bastardas
Deixa - me Andar
Fora do Eixo
Fora do Prumo
Fora das festas dos Nortes
Sem Rumo
Sem Remo
Sem as Ventanias ordinárias,
pragmáticas e triviais
Me deixa sem metas, sem retas
Sem objetivos
Sem pretensões
Sem Rédeas, sem Cabrestos,
Sem Currais
Deixa - me
Quero o Gozo dos Gozos
Serenos, Perenes, Salutares
Sem o veneno e sem o feitiço
da pragmaticidade ligeira
Deixa - me disforme
Sem as conformidades da bem aventurança desvitalizada, corroída e carcomida pelas Ferrugens dos sem proveitos
Apropriados das indelicadezas
Deixa - me a toa
Viver assim - eu preciso
De que Sub - Viver das Perenidade Estéreis
Deixa - me sem essas razões
Prefiro o volúpia dos meus erros e das minhas incertezas,
dos meus delírios e dos meus vôos embriagados com a fertilidade dos meus Sonhos Medonhos de tão bonitos
Deixa - me !!!