Amizade Canina

Já dizia meu dileto amigo

Aldo Paviani - Prof. Emérito

da Universidade de Brasília.

Autor de dezenas de livros.

Caráter probo! Irretocável.

Que o que ele mais gostava

era esse meu jeito de amizade.

Que eu guardava um tipo de

lealdade canina, nos contatos.

Hoje eu entendo o que ele ensinou.

Sou mesmo assim. Sem falsa modéstia.

Quando a esquerda ou a direita e o centro

falam mal de alguém, é porque ele tá certo!

Demoro a perceber a falsidade. Os calhordas.

Na amizade quando o sentimento entra...

aqui se aloja e não sai mais. Só algo muito

injusto e decepcionante expulsa daqui de dentro

e se esvai como o vento...puft! Num momento!

Isso acontece quando mexem com meus direitos...

minha liberdade de ser e pensar refinado pelo tempo.

Aí o que era lealdade se transforma em medo...

Cuidado! Não é mais amizade. É espanto!

E o despreeendimento, a soltura é dolorida.

Como uma cascata de lembranças escorrem...

vão tomando conta da minha mente.

Minhas melhores amizades sempre foram

apaixonadas e de devoção. Encantamento.

Inexplicáveis e inenarráveis em palavras.

Se eu pudesse escolher no cérebro eu o

mandaria dizer...é àquela ali que eu quero.

Eu pediria a ele assim: Por favor...converse

com meu coração e diga a ele que me mande

só amigos sem complicação. Simples e puros.

Que sejam gente como a gente. Sem maldades.

Assim do tipo sereno, tranqüilo e valente.

Que eu nunca tenha de arrancá-los daqui de dentro...

porque ele entrou e violou o espaço da minha liberdade.

E que desse diálogo cérebroXcoração eu apreenda

também a agir do mesmo jeito com a amizade instalada.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 13/12/2007
Código do texto: T776136