Estranhos
Somos estranhos. Estranhos nas noites...
Somos corpos cobertos em mentes nuas,
perambulantes, largados nas ruas,
cobertos de céu, banhados de lua.
Eu e você, dois caminhos
Que só pelo acaso, por vezes se cruzam,
nos bancos dos bares, costumes que usam.
Na troca de olhares, nas roupas que ousam.
Somos dois, somando a milhões,
de almas diversas em mundos iguais.
De feras perdidas em seus rituais,
na busca constante de suas razões.
Somos garotos, vestidos de adultos,
que na liberdade expressam seus cultos,
nas pistas de dança, libertam seus vultos,
nas horas perdidas, procuram emoções.
Perdidos! De nós não sabemos,
além do momento, este que vivemos.
Lembranças do amor, que por vezes fizemos,
E que se perderam, como as ilusões.