Vozes ao luar

 

É noite alta e o chão reflete a luz da lua,

Seresteiros saem às ruas,

É magia a se formar...

A moça bela, na janela

Abre um sorriso

Qual estrela de improviso,

Vem a noite enfeitar.

 

Amor, saudades, corações apaixonados,

Quantas coisas do passado,

A seresta vem trazer...

E o tempo passa,

Coração fica criança

Brilham os olhos de esperança,

Vendo a vida acontecer.

 

Viola lua, sentimentos nas janelas,

Almas que por dentro cantam,

Procurando não chorar...

E a seresta, pelas ruas vai passando,

Violões acompanhando,

Cantam "Vozes ao Luar"...

 

 

Anos passados, em uma cidade do interior paulista, um grupo seresteiro foi formado com moradores e amantes da seresta. Saiam às ruas cantando e alegrando corações.

Infelizmente, assim (como toda felicidade é passageira) o grupo acabou por dissolver-se.

Mas fica aqui este poema (depois musicado) que escrevi em homenagem a este grupo: Vozes ao luar.