Poema - Espelhos e Reflexos
Perdendo contraste
Talvez eu esteja sumindo, ou me redescobrindo
Apenas não lembro do seu último sorriso sincero
Perdi memórias, e escrevo na esperança de manter algo vivo
De lembrar de alguém
Pendurado no silêncio permeante
Suspenso aos ruidos do quieto cômodo
Me encontro em restos de escombros
Há pedaços de mim soterrados aqui
Quem ou Por quê
Como cheguei aqui
Por que há uma cadeira embaixo de mim
Pense e pense, está parasitario pensar
Perca-se em redemoinhos nascentes da conspícua mente
No fim, aceite, nada mudará ou se alterará
Desconexo nos versos, da vida, de mim
Chega, isso ou aquilo foi fútil
Não tente fazer saves do dia, esqueça, foi inútil
O codigo diário é outro e, talvez, agora, você mude mais um pouco
Além das palavras
Do seu folêgo, dessas narinas
O que me esconde, Por que me escondes
Fui um espetaculo?
Algum palhaço
Não espere muito de mim
No fim do dia serei o mesmo, mergulhado em usuais desgostos
Então, por favor, não se afogue, só lamente comigo
Suporto a mim, suportarei a ti
Talvez seja sobre isso, curtir o momento
Apreciar o silêncio, encontrar um contentamento
Só não me deixe esquecer de existir
Não pense tanto sobre isso, ainda preciso dormir
São três da manhã
Me falta inspiração, ânimo ou sono
Onde estão todos os falantes sonhos ?
O que tenho são, uma lata de álcool
A dor de um assalariado
E a enxaqueca de uma mãe
Os devaneios serão minha ultima paixão
As quimeras que levaram minha excitação