DISSONANTE
DISSONANTE
Acendo a luz e amanheço
Embora seja madrugada
Deitado permaneço
Pensando em tudo e nada
Contudo o nada parece ser tudo
E o de nada de obrigado
Por ainda respirar e suspirar
Na cama partilhada
Quando amanhecer de verdade
Começarão as mentiras
Espalhadas aos quatro ventos
Nas estações de comunicação
A Babel desperta sempre insana
Com suas orações profanas
De sagrado apenas o céu
Agora azul de brigadeiro
Apenas luz sem cheiro
No plano até onde a vista alcança
O mundo naufraga em lambança
Seja no lado das consoantes
Onde línguas dissonantes
Gritam GUERRA
A todo amanhecer
Enquanto há TERRA