Soneto da fé
Soneto da fé
Quantas vezes já morremos nas beiras perdidas das estradas
Em leitos de lágrimas caídas nas margens abandonadas
Sonhos desfeitos de verdes campos iludidos
Que perdemos em recantos de caminhos perfeitos esquecidos
Quantas vezes já renascemos em noites ao relento de estrelas escondidas
Num escuro firmamento com ecos de orações sofridas
Vozes de sentimento suplicantes rasgavam o céu divino
Em instantes de emoções aconchegantes num véu de luz derramado no caminho
Somos dotados à nascença de um dom celeste que orienta a jornada
Passos de fé num coração gigante são a sentença ofertada
E assim seguimos a sós com uma presença iluminada em nós de esperança
Nas fragilidades erguemos pontes com o infinito de confiança
Nas impossibilidades agarramos uma mão sedosa de milagres
Que nos acaricia de forma harmoniosa e nos torna os dias suaves
Luísa Rafael
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Porto, Portugal