A besta solta
blasfema e faz valer o mal.
Ser inominável, abominável,
tem as presas da serpente
e a todo instante
destila seu veneno.
Vocifera inverdades
misturadas com etanol.
Seus pés trôpegos caminham
para o abismo de si mesmo
e seu único foco é vingança.
Quer ver cair labaredas
de injustiças
sobre todo e qualquer ser
que se agigante a sua frente.
Suas garras marcam, rasgam, ferem,
destruindo sonhos,
iludindo incautos.
E ainda há quem o idolatre,
ainda há quem alimente
a sua postura pérfida,
a sua vaidade desmedida.
Estariam cegos? Surdos?
Ou são irracionais?
Que legado desastroso!
Talvez sejam apenas crias
desse monstro que se acha
mais forte que o Todo Poderoso.