As nossas mãos

As nossas mãos

Devagarinho vamos entrelaçando os dedos da pulsação

Em nós de carinho pelos poros dos segredos do coração

Tocando as margens do destino pelas linhas sinuosas que se beijam

Veias finas azuis do céu como afluentes de rios que se desejam

Temperaturas que se aconchegam na concavidade da mão vazia

Um calor de ternuras como um ninho tão nosso onde chilrea protecção e alegria

Um cuidado de laços afectivos que vai ganhando a força do amor

Sem o toque dos sentidos ganha até uma intensidade maior

Promete meu amor, que jamais as nossas mãos se soltarão

Ficam assim juntinhas e nuas coladas pela imaginação

As tuas e as minhas puras e imaculadas vestidas de tentação

Perdidas uma na outra numa dança de silêncios e sedução

Promete meu amor que esta aliança de encantamento sentida e serena

Um dia da esperança da palavra será a flor viva de um poema

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 08/04/2023
Código do texto: T7758938
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