As nossas mãos
As nossas mãos
Devagarinho vamos entrelaçando os dedos da pulsação
Em nós de carinho pelos poros dos segredos do coração
Tocando as margens do destino pelas linhas sinuosas que se beijam
Veias finas azuis do céu como afluentes de rios que se desejam
Temperaturas que se aconchegam na concavidade da mão vazia
Um calor de ternuras como um ninho tão nosso onde chilrea protecção e alegria
Um cuidado de laços afectivos que vai ganhando a força do amor
Sem o toque dos sentidos ganha até uma intensidade maior
Promete meu amor, que jamais as nossas mãos se soltarão
Ficam assim juntinhas e nuas coladas pela imaginação
As tuas e as minhas puras e imaculadas vestidas de tentação
Perdidas uma na outra numa dança de silêncios e sedução
Promete meu amor que esta aliança de encantamento sentida e serena
Um dia da esperança da palavra será a flor viva de um poema
Luísa Rafael
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Porto, Portugal