Saudades do Que Não Vivi

Saudades do que não vivi

Saudades dos cheiros não sentidos

Dos banhos de chuva não vivenciados

Dos caminhos não trilhados

Saudades do que não Vivi

Dos Flores que não colhi

Das Flores que não distribui

Das Flores que não reguei

Das Flores que não me banharam, que não me coloriram e que não me perfumaram

Das Flores que não me vestir

Das Flores que não respirei

Dos Cheiros das Flores que não transpirei

Das Flores que eu não amei, que eu não cheirei, que eu não roubei, que eu não me tornei

Das folhas que não vi mudar as cores

Saudades do que eu podia ter vivido

Saudades dos erros que não cometi

Das dores que não sentir

Das lágrimas que não enxuguei

Dos erros que não quis acertar

Dos nãos que neguei

Dos sins que não quis ouvir

Ah, que saudade dos cheiros que por mim passaram

Das cores que não me banharam

Dos perfumes que não cheirei

Dos beijos que não me molharam

Dos corpos que não me amaram

Dos sonhos que não escalei

Do perdão que de mim fugiram

Das Flores que não fruir

E as sementes que eu não soube colher

De tantas paixões que fingi

e as lágrimas que escondi

e as mágoas que tanto causei

e os remorsos que me enganaram

do perdão que não pedi

Dos amores que não vivi

e dos instantes que eu não colori

Ah, saudades dos corpos que não amei

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 07/04/2023
Reeditado em 09/04/2023
Código do texto: T7758507
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