Absinto
Talvez agora\
Na casa de quem\
Perdeu pra crueldade\
A sua criança\
Lagrimas escrevam lembranças\
Talvez agora\
Na casa de quem\
Perdeu pra crueldade\
A sua criança\
A dor diga ao silêncio\
Que vivemos tempos de violência\
Talvez agora\
Na casa de quem\
Perdeu pra crueldade\
A sua criança\
Se dê conta\
De que perdeu mais do que sua vida\
Mensurar qualquer perda já é impossível\
Imagine vitimada pela insanidade da liberdade\
Se o sonho podia fazer o futuro\
O que será essa realidade\
Cujo deus material e caos de tanto egoísmo se reverenciam\
Nessa cidade\
Cujo padrão de tudo que é errado e imoral se beneficia\
O corpo está podre\
Não há mais sorriso nos olhos \
Não há mais alegria no peito\
Todos estão ferozes\
Só maldade escrevendo a luz do direito\
Se apesar dessa violência\
Na casa de quem\
Perdeu pra crueldade\
A sua criança\
Houver um sorriso\
Espalhe agora mesmo, com o fogo da misericórdia\
Do amor vivo\
Pois se ele apagar\
Estamos todos no fundo do poço e perdidos\