Rotatividade 


no cântico das horas
oscilam as sereias
no mar imenso
na doçura das ondas 

no palco dos minutos
o arlequim inebriado
canta a melodia
do sarcasmo isolado 

nas estepes dos segundos
soletram as crianças
a ingenuidade de um baloiço
no jardim coberto de lirismo 

na tua vontade está
a singeleza do amor
perdido nas açucenas
no descalabro dos tempos. 


No delírio do amor
a sonata esvai-se
na penumbra de um Sol
esquecido pela tempestade 

São lágrimas de miosótis
na queda lenta
quando a sonata
é ao luar meio apagado 

É um piano solitário
por trevas na rapidez
suave de mãos firmes
em lanças de ternura 

O ser torna-se
esquecido pela melodia
na suavidade do pianista
por terras de Beethoven.
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 13/12/2007
Reeditado em 29/01/2010
Código do texto: T775814