"CHOUPANA CAIADA" Poema de: Flávio Cavalcante
CHOUPANA CAIADA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
Moro naquela choupana caiada
De barro duro batido feita de vara
Não troco por nenhuma de sacada
Gosto do meu mundo de pau de arara
II
A simplicidade é a minha felicidade
O amor que me espera é meu consolo
Minha mesa é uma farta realidade
Fome nesse lugar é pensamento de tolo
III
Meu cachorro guenzo é o meu fiel amigo
Meu papagaio escuta os meus lamentos
Meu quintal, meu refúgio, meu abrigo
O fardo reflexivo dos meus tormentos
IV
Minha choupana apenas rebocada
Hoje me traz "Mil e uma" recordações
Meu passado que hoje é carta marcada
Um jogo de enigmas e de grandes confusões
V
Aqui tivemos amor e uma família cheia de união
Choupana caiada que abrigou toda uma história
Hoje é um cenário que transborda recordação
Marcado e bem guardado na minha memória