Porque Viver é minha Embriaguez

Porque Viver é a minha Festa

que se desdobra em exercícios de plena existência

Minha cachaça madura

Meu hiato e minha droga

Minha embriaguez Única

E a Poesia é o meu Maior Combustível que me Alimenta, ela me Nutre e me Mantém Vivo com tesão pra Viver

Com Ânimo com Coragem

Sem os crivos dos Cabrestos

Sem as regalias das Rédeas

Sem as Marcas tediosos de Muros que só excluem

E sem a miopia de olhares esguios, toscos e caretas

E longe das Mazelas de uma vida prática, pragmática, trivial, utilitarista!

Distante, bem distante dos arredores de viver sob o rigor de uma atmosfera linear e racionalista, reducionista

e sem viço, com suas doenças crônicas e com suas distopias

Sinto pavor e agonia

Sinto horror e vergonha

diante de tamanha envergadura

Então,

Em - Leve - Ser

SENDO !

SEMPRE

Porque é a Poesia é o meu altar-mor, as cores do ar que exala cheiros que me Alimentam, me Nutrem e me Ensinam e me mantém Sadio, em pé, no cio de gozar cada instante da vida, cada momento, em lugar,

em cada milagre pulsa

no amanhecer de cada dia

E longe das Mazelas tediosas da vida prática, pragmática e utilitarista!

Racionalista !

Mesquinha !

Ridícula !

Vertical !

Sem o perfume das curvas

e estradas ondulantes,

o meu coração não pulsa,

a minha alma não goza,

atrofia, se anestesia!

Gosto dos cheiros das aventuras, da doçura das palavras, do afeto dos olhares, do carícia dos sorrisos,

do namoro poético entre amigos que arde em seus corações como sons no infinito!

Da fertilidade dos Silencios

Dos cheiros dos Acasos

De dançar na chuva

com meus poros nus

e encharcados

Mas não quero perambular

à margem dos cegos

que sofrem por serem pobres de tão normais, de tão iguais

E como surdos moram

como inquilinos nos subsolos de cavernas infernais

onde imperam as normas

Com sua murrinha medonha

Com sua estrada tacanha

E seus habitantes de corpos tortos tontos de tão ocos!

Em - Leve - Ser

SENDO !

SEMPRE !

Porque tecer a vida com os fios da beleza é atitude que transgride, rompe e rebela

a loucura de sorrir da vida

Porque existir é respirar

em cores e cheiros

num vai e vem, num entra e sai numa dança que faz parir flores

com todas as cores

e com todas as alegrias

que fazem parir os Gozos

em gestos de Prazeres singulares com tantas Bonitezas!

Ah, é esse cio deserto

com pavio curto e aceso

em plena glória e loucura

que louvam esse agora:

Onde explodem estilhaços

que ardem e queimam

e alumiam

Vou entoando meu tecer

E compondo o meu tecido

como exercício de existir

com doçura e afeto

semeando minha dança

com leveza e loucura

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 05/04/2023
Reeditado em 05/04/2023
Código do texto: T7756926
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