O Silêncio das Pedras
Odeio-me
Quando tudo foge
O alento
O gozo
O canto.
Os dias emudecem
Sem criar arte alguma
Sem pensar no que pode acontecer
Na alegria ausente
Tristeza presente
Anulo-me.
Até o rio, meu amigo
Ignora-me.
Não marulha pra mim
A cachoeira entristece
As pedras calam
Não dialogam comigo.
Falta-me sede
Para beber a água
Que escorre e chora
Junto comigo.
Juraci de Oliveira Chaves
Pirapora MG