O Silêncio das Pedras

Odeio-me

Quando tudo foge

O alento

O gozo

O canto.

Os dias emudecem

Sem criar arte alguma

Sem pensar no que pode acontecer

Na alegria ausente

Tristeza presente

Anulo-me.

Até o rio, meu amigo

Ignora-me.

Não marulha pra mim

A cachoeira entristece

As pedras calam

Não dialogam comigo.

Falta-me sede

Para beber a água

Que escorre e chora

Junto comigo.

Juraci de Oliveira Chaves

Pirapora MG

Juraci Oliveira
Enviado por Juraci Oliveira em 25/03/2005
Código do texto: T7755