Dentro do Pulsar da Boniteza
Dentro do Pulsar da Boniteza
a poesia faz morada com ousadia e afeto
E dentro dos seus esconderijos
sujos da grandeza que faz fruir sabedoria ela pulsa com leveza
Que perfuma e irradia
suaves gotas de beleza
que embriagam com a lucidez poética engrandecendo todos
dias que se alastram
como sementes e tornam-se rebeldia em florescer
da dor e do prazer de existir
em clarear a rotina
grávida do poder da utopia
Diante da insistência que
os tolos todos tentam ocultar
a beleza que há na rotina
Porque há poesia pura e rara no âmago do cotidiano
que dança e nos enfeitiça sempre nos calando com a alegria de extasiar-se diante das faíscas de beleza que nos paralisam
Mas é preciso dilatar a alma
e dos seus poros deixar fluir
e emanar puro vigor seminal
puro viço e frescor
que fazem encharcar nos brotos
que se fazem nascer nos grãos
e parir flores negras de tão bonitas e singulares
A sua inteireza é caminho que alumia esculpindo canções rumo à abertura de versos tortos e inexatos como o cio
da sede e da fome de viver
A sua coloração de leveza
que tanto irradia o nascer de novos dias
Ah, quanta sutileza
há nos esconderijos plasmados
da grandeza que pulsa,
arde e queima
nos mananciais dentro de nós
Os vulcões de pura poesia
que jorram na existência
de cada um ser
o fogo do belo que há em cada um e se faz porvir como chamas teimosas
E quando as vistas escurecem
E quando turvam os olhos
E quando tremem os músculos
E quando solapam os poros
E agonizam a alma em sintonia
com afeto e delicadeza
É quando nuances dessa Boniteza pura
pulsa em nós incrustrada
e nos faz sorrir de dentro pra fora
Ah, esses suspiros em cores que alumiam
como relâmpagos rasgando os agoras com beleza e coragem
Ah, os deuses sempre me dizem
com grandes letras-cicatrizes
que os sonhos tem a Boniteza da sabedoria e da fruição
de se curvar perante os retintos e contundentes verbos
de orgasmar-se
com tenacidade e leveza
do néctar da Boniteza que sempre amanhece dentro do silêncio cada um !
Porque dentro do pulsar da Boniteza de existir
há poesia destilada
com o calor de sabedoria