À chuva te espero

À chuva te espero

Ai, meu amor que eu não te vejo por entre a chuva escura

Às tantas já passaste num relampejo de luz de água pura

Nem o lampião da rua me avisou da tua ilusão na passagem

E eu estou aqui contigo no coração numa inocente miragem

Só as estrelas num pontuado luzente te fizeram a estrada

Certamente aqui me puseram caída com esta água miúda assim do nada

Por isso estou calada nesta rua que os teus olhos passaram apressados

Com a roupa molhada para que me vistas com o calor dos teus pecados

Ai, meu amor anda para aqui que o frio já é a despida penitência

Em cada arrepio o pensamento me leva para a ti com a minha inocência

Ao menos dá-me um beijo de vento que eu me alegro e tanto preciso

E em troca te devolvo o sentimento que entrego na luminosidade do sorriso

Mas não digas que não que eu sei que tanto me queres

Eu sei que te encanto bem mais do que te encantam as outras mulheres

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 01/04/2023
Código do texto: T7753679
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