CAMINHADA
(Sócrates Di Lima)
Caminho...
E nestas caminhadas ás vezes absoletas,
Mostram razões de estar sozinho,
Ultrapassadas as emoções de gavetas.,
repousam sob lençóis no ninho.
Ao longo as coisas perdem o significado,
Perdem sua natureza,
Não mostram resultado,
E se faz da vida uma insitada torpeza.
Somos frageis viventes,
O que foi um dia passa.,
Como passa as pessoas ausentes,
Que nem a saudade abraça!
E nesta minha caminhada trigueira,
Cada dia aprendo uma coisa nova.,
E nesse eterna aprendizagem rotineira.,
Minhas vontades e atitudes a própria vida renova.
Ah! Que neste caminho na fuga das ilusões,
Quem o cruza fica ou se vai da imensidão.,
E quem fica cumpre por certo tempo suas emoções,
Dando e recebendo amor e paz dentre tantas razões.
E se eu caminho sozinho todo dia...
Não me perco na solidão que todos pensam,
Nem faço de uma odisséia em poesia,
As razões de estar só, e nem fazer o que tantos acham!
Sou a minha própria história,
Escrevo-a entre os trigos e joios.,
Mas apenas me elevo em glória.,
Quando com alguem me enlaço em apoios!