ESSA PÁTRIA NÃO É MINHA
ESSA PÁTRIA NÃO É MINHA.
Essa patria não é minha,
Não sinto orgulho de
Me encantar por tudo
Que ela possa demonstrar,
Tudo que percebo
Só me faz desencantar.
Essa patria não me faz
Sentir a vontade,
É o país do privilégio,
Da carteirada, quem
Pode fala mais.
Essa patria não é minha,
No jogo do poder são
Os mesmos que brigam
Pelo privilégio de quem
Fica mais com os
Impostos dos marginais.
Essa patria não me pertence,
Me sinto um joguete dos
Espertalhões que não
Estão nem aí para bucha
Dos seus canhões.
Não me sinto pertencente
Nesse país,
Onde a cidadania é só mera
Formalidade, votar nos
Representantes dos
Galinheiros,
As raposas sabem o que
Fazer recebem o cheque
Em branco, são os
Porta-vozes dos
Bancos, da agronegócio,
Das Telecomunicações,
São bem unidos
Pelos seus interesses,
São destemidos.
Esse país não é o que eu mereço,
A justiça com seus tropeços,
Que não é cega, mira muito
Bem em quem deve se dá
Bem, não é para quem tem
Um mero vintém.
Não me sinto pertencente
A essa patria , mas
Entre facas.
JOSÉ MARCOS DI AYRES