OLHOS NEGROS
A luz era fraca,
Quase não se via
O belo que rodeava o ambiente fusco.
De repente
E não mais que isso,
Dois pontos bem definidos de luz,
Eclodem,
Iluminando a paisagem.
Dois diamantes negros,
Versáteis,
Ávidos de focos,
Que os fizessem brilhar
Mais intensamente.
Irrequietos,
Denotando transbordante viço,
Desnudaram-se e mostraram-se,
Translumbrantemente,
Belos.
São teus olhos negros,
Que cintilam,
Irradiando luz e alegria,
Para um ambiente,
Que parecia dominado
Pela tristeza,
Que se finda,
Mercê de intenso brilho.
Rui Azevedo – 12.12.2007