Saídas
Saí do laço do um passarinheiro,
Eu saí da peste vil, perniciosa.
Saí de um disfarçado companheiro,
Minha paz será enfim, maravilhosa.
Saí das intempéries desta vida,
Saí de um furor que me fez mal.
Andando com a cabeça mais erguida,
Doravante, viverei em alto astral.
Saí das potestades vãs, malignas,
Saí das coisas que não me convém.
Só quero é viver auras benignas,
Pensamento apenas em fazer o bem.
Saí de um atravessado mal viver,
Saí do mentiroso bem-me-quer.
Eu vivo na candura e no prazer,
Vigor?, agora é só seu não quiser.