Decreto que o amor seja afixado.

Nas paredes dos hospitais.

Nas dores de quem perdeu o chão.

No choro quem se viu desolado.

Mesmo, por falta de perdão...

E que todo humano que por lá passar,

Possa desfrutá-lo, livre e contemplativo.

 

Que seja afixado nas padarias.

E que os sonhos,

Deixem de ser...

Meros pães-de-ló recheados de doce de leite.

E se tornem a própria realidade.

 

Que esteja também,

Nos poemas de amor...

Arrastando as dores e

Criando conexões profundas.

 

Que seja afixado às portas.

E que antes de entrar.

Cada um o reverencie.

Dando a ele,

o destaque que merece.

 

Que seja afixado:

Na canção de despedida.

Á margem da vida.

Onde ninguém...

Nunca ousou povoar.

 

Que ele seja afixado.

Mesmo que seja arrancado.

Nos muros criados,

Pra separar pessoas.

 

Que o amor seja afixado.

E que olhares o notem.

Ainda que seja,

ao por do sol.

Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 23/03/2023
Reeditado em 23/03/2023
Código do texto: T7747203
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