Decreto que o amor seja afixado.
Nas paredes dos hospitais.
Nas dores de quem perdeu o chão.
No choro quem se viu desolado.
Mesmo, por falta de perdão...
E que todo humano que por lá passar,
Possa desfrutá-lo, livre e contemplativo.
Que seja afixado nas padarias.
E que os sonhos,
Deixem de ser...
Meros pães-de-ló recheados de doce de leite.
E se tornem a própria realidade.
Que esteja também,
Nos poemas de amor...
Arrastando as dores e
Criando conexões profundas.
Que seja afixado às portas.
E que antes de entrar.
Cada um o reverencie.
Dando a ele,
o destaque que merece.
Que seja afixado:
Na canção de despedida.
Á margem da vida.
Onde ninguém...
Nunca ousou povoar.
Que ele seja afixado.
Mesmo que seja arrancado.
Nos muros criados,
Pra separar pessoas.
Que o amor seja afixado.
E que olhares o notem.
Ainda que seja,
ao por do sol.