O poema nos ilude
O poema nos ilude
Na busca
De sua concretude
Desafia as leis
Gravitacionais das gramáticas
Tenta captar um pouco
Da alegria das árvores
Um pouco da lucidez
Das asas e vai passando
Pouco a pouco
Mais um pouco de ilusão
Aos poucos
Parece ser um balão
Que vai inflando
Subindo dando voltas
Afastando-se de todos
Até cair
No meio da sarjeta
Onde quem procura e vê
Olha e debocha
- É só um poema
Não dá para comer