Fluidos
E apenas me resto, na imensidão desta grandeza,
No fundo de um todo, onde o muito é nada.
É aqui que se delimita a existência...
O marco zero entre a razão e a loucura.
É respiro a dor da solidão, imerso no pó
Onde soçobraram as esperas,
Embarcadas em esperanças multicores...
A claridade não tem luz, o amanhã não nascerá.
O que se ama além do próprio ego
E de uma vida chafurdada no esgoto de si mesmo?
O que é um todo e onde se encontra o infinito?
No alcance de uma filosofia barata ou na crença em um Deus?
A escolha é nossa, assim como o destino que escrevemos letra por letra.
O caminho é nosso e o traçaremos passo a passo.
A verdade é nossa e a diremos palavra por palavra.
A razão será nossa, enquanto isso tiver alguma importância...