DONA DE MIM

 

Sacudo a poeira dos meus pés,

mergulho-os na água do regato,

espero alguns minutos, talvez dez,

torno a calçar os meus sapatos.

Nãohá como fugir ao meu destino,

e isso eu sei desde pequenina,

no tempo que era ainda uma menina,

e ria ao ouvir tocar o sino.

Por isso sigo em frente, adiante,

meentrego, totalmente, confiante,

porque o que é meu, ninguém me toma.

Está escrito, sim, eu sou a dona,