Não, sem problema
Se tuas palavras
um dia me cortarem,
farei desse sangue
matéria da tinta
com que assinarei
o nosso perdão.
Não há, em mim, orgulho
que me impeça de olhar
para a sua chama,
que irradia a esperteza
de quem abriga o fato
ante a rua da ilusão.
Mas, se eu acabar
isolado, casmurro
como qualquer um,
perdoe o coração
frágil deste inseguro
aprendendo a viver.
Queria eu ser simples
a ponto de ouvir
sua sinceridade
como uma melodia,
uma rima fácil
terminada em "ão" "ar" ou "er".