Apenas uma noite
E quando tocar a tua porta
A sombra triste da amargura,
Que no cair da noite escura
Há de mostrar sua face torta.
Que inda chores tua desventura
Com lágrima que triste corta,
O olhar que já não comporta
O mesmo brilho das águas puras.
E que lhe oprima o desgosto
Marcando a pele do teu rosto
Como ponta aguda de espinho,
Mas um novo dia te espera
E brindarás a tua primavera
Com uma taça de suave vinho.