PASSADO...
Em teu olhar brilhava um amor em exagero
Que de mim sugava toda energia vital
Era amor de fera, predatório e brutal
Que se derramava em brados de desespero
Sangrava pela boca muitos enredos
Que só a nós, a nossa vida importava
Mas a língua em lâmina e fúria cortava
Revelando ao público tantos segredos
E nesta tortura, cotidiano exasperado
Vivi como quem queria não querer
Com o coração batendo sem paradeiro
Pulsando, as vezes parando de bater
E segui assim sem nenhum proposito
Vivi, vivi... como quem desejasse morrer.